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Perdoar sempre!

  • Coisas do Alto
  • 9 de mar. de 2021
  • 4 min de leitura

Hoje Jesus nos anuncia a parábola do devedor implacável. Certa vez o rei pôs-se a acertar as contas com seus servos. O primeiro deles lhe devia 10 mil talentos, ele não tinha como pagar este valor, por isso o rei ordenou que o homem fosse vendido como escravo juntamente com sua mulher, filhos e todos os seus bens a fim de que sua dívida fosse quitada. Aquele servo, porém, caiu aos pés do rei e suplicava que lhe desse um prazo maior para pagar a dívida. O rei se compadeceu do servo, soltou-o e perdoou sua dívida.


Este primeiro trecho do evangelho diz muito sobre nós em nosso relacionamento com o Senhor. Deus é misericórdia, é perdão, Ele está sempre pronto a nos perdoar, caso nosso coração esteja arrependido.


Deus tanto nos ama que enviou seu próprio Filho para nos resgatar do pecado e da morte, pelo preço do Seu sangue. Fomos salvos dos grilhões do maligno pelo sacrifício de Cristo na cruz, sacrifício que restituiu nossa dignidade de filhos de Deus, que devolveu a cada um de nós a condição de filhos.


Quão grande é o amor de Deus por nós! É um Deus que, como nesta parábola, não nos dá um prazo maior para pagar nossas dívidas, mas nos perdoa totalmente, pois se compadece de nós.


E nós, como temos nos relacionado com a misericórdia do Pai? Reconhecemos que Deus é este bom pai, que nos ama, que nos perdoa, que nos acolhe? Ou temos a imagem de um pai carrasco, que castiga, que apenas pune? É preciso restaurar a imagem que temos de Deus, pois Ele é amor, Ele é misericórdia.


Mas, Deus também é justo, e aqui está o ponto fundamental. Como cristãos, nossa atitude perante o próximo deve se espelhar em Deus, pois somos Sua imagem e semelhança.


No segundo trecho da parábola vemos este homem, perdoado pelo rei, ter uma atitude totalmente contrária a atitude que o seu senhor teve para com ele. Encontrando um companheiro que lhe devia 10 denários lhe agarrou pelo pescoço e começou a sufocá-lo e a insistir que lhe pagasse o que lhe devia. O companheiro lhe pediu um prazo para que efetuasse o pagamento, mas ele não lhe ouviu. Mandou-o para a prisão até que pagasse sua dívida.


Os demais, ao verem aquela cena, foram contar ao rei o que aconteceu. O rei então mandou chamar novamente aquele servo e lhe disse: "servo mau, eu te perdoei toda a dívida, porque me rogaste. Não devia, também tu, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?" (Mt 18, 32-33). E então colocou ele também na prisão até que pagasse toda a dívida.


Veja que não estamos diante de um Deus que pune, mas de um Deus que é justo, que julga os homens conforme o direito e a justiça.


Presenciamos a atitude desigual e injusta daquele servo, pois que foi perdoado por uma dívida de 10 mil talentos e não foi capaz de perdoar o seu próximo, que lhe devia apenas cem denários, um valor infinitamente menor do que a dívida que ele mesmo possuía.


Refletimos há poucos dias a oração que o próprio Jesus nos ensinou e que nos diz "perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido". É preciso perdoar, precisamos cultivar em nós esta atitude de perdoar aqueles que nos ofendem, aqueles que, por qualquer motivo que seja, nos feriu ou nos magoou. Não temos o direito ou a opção de não dar o perdão ao próximo, isso é inconcebível. Deus nos perdoa, e continua a nos perdoar a cada instante, por qual motivo não devemos também perdoar? A nossa dívida era maior, e fomos resgatados por um alto preço, Aquele que era justo e santo se fez pecador em nosso lugar, carregou as nossas enfermidades, os nossos pecados, o castigo que pesou sobre Nosso Senhor, o peso daquela cruz era justamente o peso da nossa condenação e Ele nos salvou, nos resgatou, deu Seu sangue para nos redimir, até a última gota. E qual a nossa atitude com aqueles que nos ferem? Guardamos mágoas, rancores, remoemos situações por décadas. Não sabemos nos fazer pequenos e tratar o outro com o mínimo de misericórdia. A atitude do outro que nos feriu não se compara com o peso do nosso pecado, e muitas vezes nos esquecemos que o nosso Deus nos perdoa sempre, age com misericórdia sempre.


Quando temos a atitude deste homem agimos com hipocrisia, pois não praticamos a misericórdia e o amor, que tanto acreditamos. A nossa conversão pressupõe uma mudança de vida, de atitude, de comportamento e o perdão é a nossa maior prova de amor. Se não sabemos ou não conseguimos perdoar o outro com o nosso coração ainda não compreendemos nada, ainda não fizemos a experiência de Deus em nossas vidas, continuamos a viver na superficialidade da fé.


Que hoje busquemos viver o perdão diante das situações que nos forem apresentadas, que tenhamos uma atitude de perdão e misericórdia para com o outro, pois Deus nos perdoou de uma dívida infinitamente maior.

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