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O Natal já acabou?

  • Coisas do Alto
  • 27 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de fev.

As festas de Natal já se foram, a ceia, o papai Noel, os presentes, alguns bons, outros nem tanto, aquele almoço no dia 25 com a família, até a ressaca já se foi. Alguns até foram à missa no dia 24 que ocorre tradicionalmente todos os anos.


Ainda que de forma diferenciada, muitos celebraram o Natal, talvez algo mais intimista, com poucas pessoas, mas a festa aconteceu.


Para o mundo de hoje esse foi o natal, para a sociedade materialista em que vivemos o natal já acabou, pois o papai Noel já veio, os presentes já foram trocados, os pratos salgados e doces já foram consumidos. Ficarão as prestações no cartão de crédito, ficaram os presentes que precisarão ser trocados... basta agora esperar por mais uma semana para nos reunirmos novamente em uma outra festa, o Ano Novo.


Mas para nós, cristãos católicos, o Natal ainda não acabou, e não foi apenas uma tradicional festa em família, para nós o Natal tem grande significado.


Celebramos no Natal o grande mistério da vinda de Nosso Senhor, um Deus tão grande que quis viver a nossa vida, se fez pequeno, em uma família humilde, veio ao mundo como homem para nos redimir, cumprindo o plano salvífico de amor de Nosso Deus. Um mistério que não pode ser compreendido por nós, porém um mistério que nos salvou.


Deixo aqui, para uma reflexão, o belo poema de Santo Afonso Maria de Ligório intitulado "Tu desces das estrelas"


Tu desces das estrelas, ó Rei do céu

E vens a uma gruta no frio e no gelo.

Ó Menino meu divino, eu Te vejo aqui a tremer;

Ó Deus beato, quanto Te custou haver-me amado!


A Ti, que és do mundo o Criador,

Faltam agasalhos e fogo, ó meu Senhor.

Querida e eleita criança, esta Tua pobreza me apaixona

Pois foi o amor que Te fez pobre novamente.


Tu deixas as delícias da intimidade divina

Para vir a sofrer sobre essa palha.

Doce amor do meu coração, aonde Te levou o amor?

Ó meu Jesus, por que tanto sofrer? Por meu amor!


Mas se sofres por Tua própria vontade,

por que então este choro, por que estes gemidos?

Meu Jesus, eu Te entendo sim! Ah, meu Senhor!

Tu choras não de dor, mas de amor!


Tu choras ao ver a minha ingratidão,

Um amor tão grande e tão pouco amado!

Ó amado do meu coração,

se fui assim outrora, hoje somente por Ti eu anseio

Querido, não chores mais, pois eu Te amo, Te amo.


Enquanto dormes, meu Menino, o coração

não dorme, não, mas vigia a todo momento

Vai, meu querido e puro Cordeiro,

Em que pensas? Dize-me Tu. Ó amor imenso,

um dia em morrer por ti, respondes, é o que eu penso.


Então, pensas em morrer por mim, ó Deus

Que mais posso eu amar fora de Ti?

Ó Maria, esperança minha,

se pouco eu amo o teu Jesus, não te indignes

de amá-Lo tu por mim, se eu não O sei amar!


 
 
 

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