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A cruz de Cristo, nossa salvação

  • Coisas do Alto
  • 23 de mar. de 2021
  • 3 min de leitura

"Se não crerdes que Eu Sou, morrereis em vossos pecados" (Jo 8-24)


A fé é essencial para a nossa salvação. Se não cremos que Jesus é o Senhor, Aquele que veio para nos salvar, que morreu por nós na cruz, se não cremos que Ele é o nosso Salvador, morreremos em nossos pecados.


Jesus deixa isso bem claro aos fariseus neste trecho do Evangelho. Eles, por seu orgulho e vaidade, não souberam, não conseguiram enxergar o seu erro. O orgulho os impediu de reconhecer em Jesus o Cristo, por isso Jesus lhes diz: "para onde eu vou vós não podeis ir" (Jo 8, 21). Eles não podem ir não porque Jesus não deseja, mas porque cegos pelo orgulho e pela vaidade são incapazes de acreditar no Filho de Deus e consequentemente, sem fé, morrerão em seus pecados.


Precisamos renunciar todo orgulho, toda vaidade que há em nós. É preciso renunciar todo conceito que temos da Igreja e das coisas de Deus, enraizados em nosso "achismo", justificados em nosso comodismo e tibieza. É preciso crer, crer na Palavra, crer na Igreja. É preciso que nos humilhemos, é preciso reconhecer que não somos os donos da verdade. Somente assim conseguiremos a adesão à fé, fé em Cristo, que nos salva e nos liberta.


Precisamos crer na cruz de Cristo, olhar para ela e contemplar a nossa salvação, o Cristo que se entregou por amor a nós, em estrita obediência o Pai. A cruz é sinal da nossa salvação, é o lugar da nossa cura, da nossa libertação. É preciso crer nisto, pois Jesus carregou sobre Si as nossas enfermidades, as nossas feridas e pecados, e por Suas chagas fomos curados.


Na primeira leitura vemos Moisés, que fixa uma serpente de bronze no alto de uma haste, e todo aquele que olhasse para ela ficava curado da picada das serpentes do deserto. Naquele momento, o povo hebreu começou a reclamas à Moises. Diziam que ele os tinha retirado do Egito para morrer de fome no deserto, reclamavam que não havia pão nem água, que já estavam com "nojo do alimento miserável" que tinham, que nada mais era do que o maná que caia do céu para os alimentar.


Vejamos que povo ingrato e de "cabeça dura". Deus os fez atravessar o mar vermelho, dava para eles o maná como alimento e ainda assim, diante de tantos milagres que viram com seus próprios olhos, foram capazes de reclamar e de se voltar contra Moisés e contra Deus. Pouca semelhança encontramos com nossas atitudes diante de Deus... Quantas vezes também nós não reconhecemos a providência de Deus em nossas vidas. De nossos lábios saem apenas reclamações. Tudo está ruim, nada está bom. Se está sol, precisa chover, se está chovendo, precisa de sol... Não somos capazes de reconhecer e enxergar a bondade de Deus que se manifesta em nossas vidas a cada instante... o sol que nos aquece, o ar que eu respiro, o alimento que temos em nossa mesa, a casa em que moramos, a água que bebemos, a saúde que temos, etc. Como somos ingratos!


Deus mandou ao povo hebreu as serpentes em decorrência da ingratidão daquele povo. Eles então reconheceram as suas faltas, reconheceram que pecaram e clamaram pela misericórdia de Deus. Moisés então construiu a serpente de bronze que é elevada, e todo aquele que olhava para ela ficava curado.


Essa serpente prefigura a cruz de Cristo... "quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que Eu Sou" (Jo 8-27). A cruz de Cristo nos salva, é nela que encontramos também a cura da nossa enfermidade.. sim, estamos enfermos! Doentes por conta do orgulho que não nos permite reconhecer a nossa dependência de Deus, doentes de vaidade, que não nos permite reconhecer as nossas misérias, as nossas faltas, enfermos pela ingratidão, pois não reconhecemos a bondade e a providência de Deus em nossas vidas.


Os hebreus da primeira leitura, diferente dos fariseus do evangelho, reconheceram a sua falta e Deus lhes deu salvação. Não sejamos como os fariseus, orgulhosos e vaidosos, cheios de si.


Fixemos nosso olhar na cruz de Cristo, pois esta é a nossa salvação, tenhamos coragem para reconhecer as nossas misérias, nos coloquemos diante de Deus com aquilo que somos, sem máscaras ou penduricalhos, mas com o nosso nada.

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